MADAN marca presença em debate sobre educação com Serginho Groisman

A educação e o mercado de trabalho se renovam a cada dia, com avanços na tecnologia, o que exige atualização constante da forma de ensinar e aprender. Para debater esse assunto, o MADAN marcou presença e foi um dos patrocinadores do EducarES: Arena Profissões, evento realizado pela Rede Gazeta no último dia 28 de setembro, no Vitória Grand Hall, na Capital.

O encontro foi comandado pelo apresentador do Altas Horas, Serginho Groisman, e contou com a participação da psicóloga Helena Lorencini, do mestre em Administração Richardson Schmittel, da cantora, compositora e poetisa capixaba Beth MC e do apresentador Will Loyola.

“O foco foi conversar sobre os impactos da inteligência artificial, a saúde mental de estudantes e professores e as profissões que estão em transformação. Foi um momento muito enriquecedor. Nós participamos das palestras do EducarES desde o ano passado e consideramos um evento muito importante, pois trabalhamos com o público que está entrando na faculdade ou escolhendo o curso que vai definir para exercer a futura profissão”, comentou Daniel Rojas, diretor do MADAN.

Também estiveram presentes, representando a escola, a gerente de Marketing Daniela Meneghelli, a analista de Marketing Jessica Pagotto e a promotora Júlia Rocha Esperidon, que distribuiu panfletos sobre a instituição de ensino para os presentes.

Entrevista com Serginho Groisman

Atento às transformações da sociedade, o apresentador Serginho Groisman avalia que a nova tecnologia é uma ferramenta que pode ser aliada de estudantes e profissionais. Para ele, a nova tecnologia estará presente em todas as profissões, mas não para substituí-las. É, na verdade, um instrumento que pode auxiliar nas tarefas diárias, tanto de estudantes quanto de profissionais.

Confira abaixo a íntegra da entrevista que o Serginho Groisman concedeu para o portal A Gazeta, publicada em 26 de setembro deste ano, com o tema “A inteligência artificial é meio, e não um fim”:

A Gazeta – Com tantas transformações impostas pelos avanços tecnológicos, o que torna alguém um bom profissional? Quais são as habilidades desejáveis?

Serginho Groisman – Os avanços tecnológicos não impedem que um ponto seja indiscutível: vocação. Aliado a isso, tem que ter prazer no trabalho e paciência. Esses elementos continuam presentes independentemente dos avanços tecnológicos.

Muitos jovens passam por um processo de incertezas na hora de escolher qual caminho profissional seguir, como eles podem descobrir a vocação?

É muito difícil estabelecer a vocação muito cedo na vida. Às vezes, temos certeza do que queremos fazer e das habilidades necessárias. Mas o importante é entender que podemos estar enganados e tomar outros caminhos na vida profissional. Por isso, não tenha receio em mudar sua perspectiva profissional.

A inteligência artificial é um recurso que, gradativamente, tem ocupado espaços e muito se fala que chegará a substituir profissões. A tecnologia é importante, mas em que medida as pessoas devem se preparar para continuarem relevantes no mercado?

A inteligência artificial é um instrumento. Ou seja, é meio, e não um fim. Mas precisamos ficar atentos para essas novas tecnologias. Em todas as profissões elas estarão presentes. Saber sobre elas é atualizar nosso conhecimento.

Que aspectos as instituições de ensino precisam investir para que a formação de seus alunos acompanhe as constantes mudanças e, depois, os jovens estejam aptos para atuar profissionalmente?

É preciso que o Estado brasileiro esteja ainda mais atento às questões do ensino público. Investir no professor para que entenda o aluno de hoje é fundamental, assim como dar aos professores melhores condições de trabalho. Investir nos prédios para que tenham melhores condições para o aluno. Quando o aluno se sente pertencente à escola, ele respeita mais a instituição e estuda com mais alegria.

Observamos hoje uma geração hiperconectada, mas, ao mesmo tempo, nem sempre informada adequadamente. Quais as implicações desse cenário para a formação desses indivíduos?

Temos hoje um jovem mais atento às questões ambientais. Ao mesmo tempo, vemos uma discussão política mais presente. Mas isso não significa uma politização maior. A discussão sobre temas atuais na escola é fundamental. Isso é importante para o desenvolvimento crítico do aluno.

Numa época em que muito é consumido em vídeos de até 60 segundos, o que esperar desse futuro profissional? Quais os caminhos sugeridos?

Com o consumo rápido de imagens e áudios curtos, corremos o risco de termos impaciência em relação a textos importantes. A escola é um lugar onde isso pode ser revertido. O consumo rápido é uma realidade. A escola pode mostrar que é possível também lermos textos que nos levam a outras realidades prazerosas com textos longos.

Os formatos de trabalho mudaram, com a popularização do home office e do trabalho híbrido, trazendo uma flexibilidade para as entregas, mas transformando o lar em trabalho. O que o profissional precisa fazer para ter mais ganhos do que perdas?

Ficar em casa para trabalhar ou estudar tem vantagens e desvantagens. A vantagem é o pouco deslocamento. A desvantagem é a pouca socialização e a pouca relação com ambiente escolar e de trabalho. Buscar um equilíbrio é o ideal para o nosso desenvolvimento.

Texto: Ligia Tedeschi