Ciência tem nome de mulher: o futuro também depende, e muito, delas!


O conhecimento e a inovação só alcançam seu verdadeiro potencial quando todas as mentes têm espaço para brilhar. Desde os primeiros cálculos astronômicos até a inteligência artificial, as mulheres sempre estiveram presentes na ciência, mesmo quando a história tentou apagá-las. E é para refletir sobre isso que se celebra, em 11 de fevereiro, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.
Apesar de muitos avanços, os desafios persistem. Segundo a Unesco, apenas 33,3% dos pesquisadores no mundo são mulheres, e nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, essa participação fica em 35% entre os estudantes. Isso significa que talento e genialidade continuam sendo desperdiçados simplesmente porque, em algum momento, disseram a essas meninas que “ciência não é para elas”.
Livia da Silva Wagmaker, aluna MADAN que foi aprovada em Medicina na Ufes mas está fazendo pré-vestibular porque pretende fazer Engenharia de Computação no ITA, também observa que, apesar dos avanços que as mulheres obtiveram na conquista de espaços, ainda há uma presença majoritariamente masculina quando se fala das áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
“Eu acredito que isso ocorra por falta de incentivo às mulheres nas exatas, algo agravado pela ideia errônea de que homens são melhores nisso, além de toda uma estrutura social que tende a afastar as mulheres dessas modalidades. Por isso, creio que, para melhorar isso, mais iniciativas de meninas nas exatas deveriam existir, já que profissões nesse ramo serão as profissões do futuro. Eu amo exatas e desafios, e pretendo incentivar outras mulheres a seguir esse caminho”.
Corina Delmaestro Claeys, 21 anos, vai começar a cursar neste ano Engenharia Mecânica na Poli USP e acredita que, por muitos anos, conquistas tecnológicas e científicas realizadas por mulheres não receberam o devido reconhecimento na sociedade. “Infelizmente, ainda precisamos lutar por nosso espaço nessa área e seguimos sendo minoria em busca de maior visibilidade. Espero que cada mulher que escolha se aprofundar nas ciências reconheça seu impacto e sua contribuição para o cenário científico global. Juntas, podemos (e vamos) fazer a diferença”.
E os números também começam a contar essa outra história: a de conquistas. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é um exemplo de como a ciência feminina avança. Em 2023, o instituto foi premiado pelo Capes – Elsevier, e os resultados provam que as mulheres já fazem a diferença:
ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável) – 17 dos 33 artigos premiados tiveram participação feminina.
ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico) – 8 dos 19 artigos contaram com cientistas mulheres.
ODS 15 (Vida Terrestre) – 23 dos 66 artigos reconhecidos foram assinados por pesquisadoras do Inpe.
O que esses dados mostram? Que mulheres fazem ciência – e fazem muito bem! No entanto, para que mais meninas possam enxergar um futuro nos laboratórios, nas pesquisas e nas grandes descobertas, é preciso incentivo desde cedo. Educação, representatividade e oportunidades são as chaves para mudar esse cenário.
No MADAN, temos o laboratório Marie Curie, de Ciências, uma homenagem a essa cientista extraordinária, que revolucionou os estudos da radioatividade, inspirou conhecimento e marcou a história.
Neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência vamos celebrar aquelas que desafiaram as estatísticas e abriram caminho para novas gerações. Porque conhecimento não tem gênero, mas tem um potencial infinito – e ele precisa de todas as mentes brilhantes para transformar o mundo!
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