Não passei no Enem, e agora?
O resultado oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 só será divulgado no dia 16 de janeiro de 2024, mas o gabarito com as respostas das questões comentadas já está disponível no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), onde é possível saber o número total de acertos e ter uma ideia do desempenho na prova.
Esse momento pode trazer tanto alegrias quanto os desafios da iminência da não aprovação, que muitas vezes gera o sentimento de frustração e a incerteza sobre o futuro. O que fazer ainda agora, em dezembro, diante de um resultado não satisfatório?
Segundo a psicóloga Renata Junger e a coordenadora pedagógica do MADAN Marina Lima Monteiro, a primeira atitude é manter a calma, enfrentar a frustração de maneira construtiva e refletir sobre os fatores que impactaram o desempenho.
“É preciso aceitar esse processo de frustração, olhando e reavaliando aquilo que pode ser mudado e aprimorado nesse caminho. Aprender a ver também as conquistas, os avanços e aquilo que, de alguma forma, conseguiu fazer diferente, repetindo o que deu certo e tendo mais confiança em si mesmo”, orientou Renata.
A psicóloga ressalta ainda a importância de fortalecer os quatro corpos – físico, mental, emocional e energético – para lidar com a frustração e recuperar a autoconfiança. “É importante fortalecer os corpos físico, mental, emocional e energético. Esses cuidados vão ajudar a lidar com a frustração, ultrapassando a barreira inicial que tende a travar o estudante em razão do medo de que a situação se repita. Assim, será possível seguir em frente recuperando a autoconfiança para que as coisas caminhem e para que o aluno persista no desejo de atingir o melhor resultado”.
Já Marina enfatiza a necessidade de não se desesperar. Ela sugere uma análise cuidadosa do ano anterior, identificando lacunas e pontos a serem corrigidos. “É preciso entender que cada trajetória é única, que cada um vai ter um tempo e um percurso a percorrer. Na sequência, é muito importante fazer uma análise deste ano, olhando para ele com atenção, com carinho, mas também de forma crítica. Não no sentido de se penalizar, mas de tentar enxergar os pontos a serem corrigidos para um outro ano de preparação. Pensar se teve acompanhamento de uma instituição que entende do processo, se assistiu todas as aulas e seguiu as orientações, se fez os simulados, que trazem questões inéditas, treinam a pressão e o tempo de prova da prova. É fazer essa autoanálise”.
Para ela, este período entre dezembro e a divulgação oficial do resultado é uma oportunidade para descanso, reflexão e planejamento, evitando o desespero e promovendo uma abordagem estratégica para o próximo ano.
“É hora de pensar em como se programar para o ano que vem já que o objetivo é passar em uma universidade pública. Começar a pesquisar o mercado e escolher uma instituição com propostas pedagógicas adequadas ao perfil do estudante e que pode, realmente, o auxiliar nesse processo. Aproveitar para já iniciar essa conversa neste mês, em que geralmente há descontos nas matrículas. E depois descansar, afinal, o aluno está em um momento de desgaste físico e emocional muito grande e precisa chegar inteiro para mais um ano de preparação, que exige uma rotina puxada”, ressaltou Marina.
E lembre-se: não passar no Enem não é o fim do caminho acadêmico. Há diversas alternativas disponíveis e o importante é manter o otimismo, a dedicação e a confiança nos próprios objetivos. A nota do Enem não define quem o aluno é, e cada desafio é uma oportunidade de aprendizado e crescimento.
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