Diretores que se formaram no ITA falam sobre o percurso para aprovação
O Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), terá a sua segunda etapa nos dias 8 e 9 de novembro. A primeira foi realizada no último domingo, 16 de outubro. A preparação para o exame envolve um trabalho árduo e muita dedicação e disciplina por parte dos vestibulandos. Uma das instituições de ensino superior com maior prestígio do Brasil, o ITA atrai milhares de candidatos todos os anos em um dos vestibulares mais difíceis do país. O Centro Educacional MADAN, tem na sua tradição a preparação e a aprovação de candidatos ao ITA, e o faz com maestria e conhecimento de causa, já que os três sócios-proprietários do MADAN, Daniel Rojas, Tito Fidelis e Rodrigo Aguiar Pinheiro, cursaram o ITA. Também professores do preparatório, eles contam como foi a trajetória deles até serem aprovados.
Natural de Ipatinga, em Minas Gerais, distante 220 km de Belo Horizonte, Daniel Rojas sempre foi um aluno que se destacou na escola, sobretudo, na área de exatas. Ele também era um competidor de xadrez em nível profissional nacional e, por essa visibilidade, conquistou uma bolsa de estudo para o renomado Colégio Bernoulli, em Belo Horizonte, ali, em uma instituição de ensino melhor, previu a caminhada que teria para realizar o sonho de ingressar no ITA. Cursou o terceiro ano mas, no primeiro vestibular só conseguiu aprovação na UFMG.
Uma palavra o acompanha até hoje: constância, e foi ela que ele usou como força para correr atrás da aprovação no ITA. No ano seguinte, cursou o pré-vestibular no mesmo colégio e, novamente, foi aprovado na UFMG, e não no ITA. Sua obstinação e potencial chamou a atenção do pessoal do Poliedro, que lhe ofereceu uma bolsa para estudar em São José dos Campos, em São Paulo, no pré-vestibular do Poliedro, onde figurou entre os três melhores alunos e, neste ano, foi finalmente, aprovado no ITA, ingressando aos 19 anos no tão sonhado curso.
Essa trajetória fez Daniel perceber que uma boa base de ensino, e uma estratégia bem delineada, possibilita a vitória. O fato de ter ingressado com mais maturidade, fez com que se formasse, após o quinto ano, sem nenhuma recuperação ou nota baixa. Ao contrário, com grande distinção, sendo convidado a dar aula no Poliedro, no Darwin, até iniciar o sonho MADAN.
Estudar para Daniel não é desperdiçar tempo, muito pelo contrário, é abrir oportunidades. Logo que se graduou no ITA, Daniel fez um vestibular na Ufes, e conquistou o primeiro lugar geral, e isso o colocou em evidência, a evidência que precisava para consolidar o Madan no mercado. Foi uma tática usada para chamar a atenção e conquistar a credibilidade. Na prova o seu conselho aos vestibulandos é para que tenham calma e confiança neles e na preparação que receberam.
Durante o curso preparatório do Poliedro, Daniel conheceu aquele que vem a ser seu sócio hoje, Tito Fideles. Os dois, mineiros de naturalidade, buscavam o mesmo objetivo, e comemoraram juntos a conquista do ingresso no ITA. Tito, é natural de Belo Horizonte, mas morou em Divinópolis e, aos 16 anos o pai lhe falou do ITA, já que ele era bom em exatas. No primeiro vestibular ele passou na UFMG, em Engenharia Mecânica. Fez o pré-vestibular para o ITA no ano seguinte, passou em Física. Decidiu começar a cursar, mas faltando um ano para concluir, largou tudo – o curso, um trabalho de plantonista e redator de Matemática no Colégio Bernoulli e foi em busca do sonho original, estudou no Poliedro, em São José dos Campos. Foi aprovado aos 22 anos, em Engenharia Mecânica Aeronáutica.
Com essa experiência, o seu conselho para os vestibulandos é compreender que esse vestibular exige muito trabalho, mas que se o candidato estudou, se ele se dedicou, ele só tem que acreditar nele e no treinamento que recebeu. “Aluno de ITA tem 40 horas semanais de estudo no MADAN, e 40 horas de estudo em casa”, diz Tito, emendando: “o resultado é consequência, se o(a) aluno(a) se aplicar no estudo, ter confiança no processo, o resultado chega”, salienta o diretor.
Com uma trajetória um pouco diferente, Rodrigo Aguiar Pinheiro, conhecido como Professor Zigoto, ingressou no ITA com 17 anos. Natural do Ceará, no Nordeste, ele sempre se destacava em Olimpíadas de Matemática e o fazia por gostar de competir, de se superar, de conquistar medalhas. Estudou na Escola Evolutivo, no Ceará, onde cursou o terceiro ano e o pré-vestibular e, na primeira tentativa, já ingressou no ITA.
Sobre a instituição de ensino da Aeronáutica, ele conta: “era um lugar com alunos espetaculares, e com talentos diversos”. Ele fala de ter recebido ali preparação para atuar no voluntariado, preparando estudantes de escolas públicas para passarem no vestibular. E já no final do curso, no último ano, conheceu Daniel e Tito.
O reencontro foi algumas ocasiões depois, com Tito. Com Daniel, foi na seleção para dar aula no Madan, e logo surgiu o convite para ser sócio. Seu conselho para os vestibulandos do ITA é ter convicção de que está preparado, e replicar o que foi treinado na prova. E para as outras etapas, é continuar estudando, “pois vale a pena ingressar no ITA, muitas portas se abrem”, destaca ele!
Texto: Ivana Esteves
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